Reunidos no Conselho Regional de Psicologia da 21ª região na última sexta-feira (27), psicólogos, profissionais de educação física, asistentes sociais e tecnólogos em radiologia fizeram um apelo pela equiparação salarial na Fundação Municipal de Saúde e Semcaspi, em Teresina.
Ao todo, 13 categorias da saúde estão incluídas no Plano de Carreiras, Cargos e Salários, aprovado em 2012, no entanto, no reajuste praticado pela Prefeitura em dezembro de 2019, somente quatro (psicólogos, assistentes sociais, profissionais de educação física e tecnólogos em radiologia) não foram contempladas, gerando assim uma defasagem salarial.
Nesse âmbito, os profissionais lutam para que o seu direito seja garantido, já que todas estão incluídas no Plano, e não cabe tal distinção. “Tive a honra de receber alguns profissionais da Fundação Municipal de Saúde, e também o presidente do Conselho de Educação Física, Danys Queiroz, nós estamos aqui para fazer um apelo, devido a desigualdade que alguns profissionais estão sofrendo em Teresina”, sinalizou a presidente do CRP21, Juliana Barbosa Dias Maia (CRP21/00478).
O psicólogo Cornélio José Santiago Neto (CRP/01161) explica que os profissionais buscam a equidade no tratamento de todas as categorias, de acordo com ele, a exclusão do reajuste não é justificável, haja vista que elas pertencem ao mesmo Plano. “Em 2012 foi instituído um plano de carreiras, cargos e salários onde garantia a equidade de tratamento de todas as categorias, só que em dezembro de 2019 houve um reajuste para várias categorias, das 13 categorias do plano, apenas 4 ficaram fora desse reajuste, e nós ficamos psicólogos, assistentes sociais, profissionais de educação física e tecnólogos em radiologia, os 4 excluídos desse reajuste, ficamos os 4 com salários defasados”, frisou.
O presidente do Conselho Regional de Educação Física da 15ª região, Danys Queiroz, reitera que já foram buscadas diversas vias de diálogo, porém, o pleito não foi atendido. Agora, os Conselhos de classe elaboram um documento, que será revisado pelo jurídico de cada categoria para ingressar na Justiça para que o direito seja devidamente garantido. “Estamos aqui reunidos para montarmos um documento para dar entrada na via jurídica, para que possamos reivindicar nossos direitos e essa demanda seja atendida”. A profissional de Educação Física Zulmira Soares Neta complementa. “Lutamos por essa equiparação, sendo que está defasado desde 2014 esse nosso salário, existe um impacto que isso gera hoje na pandemia, estamos totalmente defasados em relação a essas novas categorias”, afirmou.
A assistente social Sammia Barros (CRESSPI/342) destaca que as categorias travam uma luta administrativa incessante, mas que sem o pleito atendido, recorrerão à Justiça, com o apoio do Ministério Público. “Nós também do Serviço Social fomos excluídos de um direito, estamos lutando com respeito por essa valorização, já lutamos muito administrativamente, e agora pretende juntando força com os Conselhos entrando na via jurídica para que possamos ter equiparação salarial já”, concluiu.